A segunda-feira será decisiva para o Grêmio concluir a situação envolvendo a Arena. A partir das 19h, em Sessão Extraordinária, o Conselho Deliberativo (CD) do Tricolor votará as mudanças necessárias para concluir a transferência da gestão do estádio para o clube.

Por se tratar de votação para alterações estatutárias, será necessário um quórum de 175 conselheiros. Ou seja, a metade dos 300 conselheiros que compõe o CD. E para aprovar as emendas, 50% e mais um voto.

São pelo menos três pontos importantes que serão votados pelos conselheiros. O primeiro é a criação de uma comissão para assuntos em relação à Arena. O outro é relacionado à criação de regras para o repasse das receitas do estádio para o clube. Por fim, será votada a proibição da venda da Arena ou de colocar o estádio como garantia em alguma negociação.

“As alterações estatutárias preveem uma comissão específica do Grêmio para cuidar da Arena, uma comissão do Conselho Deliberativo. Atribuições do Conselho Fiscal relativas aos números da Arena, a elaboração de demonstrações financeiras independentes da Arena, uma conta bancária exclusiva para a Arena, regras para o repasse de dinheiro acumulado pela Arena para o Grêmio periodicamente. E, principalmente, a empenhorabilidade e a inalienabilidade da Arena. Significa que, por força estatutária, nenhum dos próximos administradores do Grêmio vai poder vender o estádio ou oferecer o estádio em garantia”, explicou Eduardo Magrisso, vice-presidente do Conselho Deliberativo, em entrevista exclusiva ao CP.

“Exatamente para preservar o patrimônio do Grêmio, porque o objetivo do Marcelo Marques, com esse gesto dele, é que o Grêmio tenha na Arena uma fonte de renda. Além de melhorar, certamente, a experiência do torcedor, ter o seu palco de jogo, que a Arena seja uma fonte permanente de renda para o Grêmio. E as próximas gestões vão ter que saber administrar a Arena, explorar a Arena, mas jamais usar a Arena como garantia para tomada de financiamentos. Essa é a proteção que o Marcelo exigiu e que todos concordam. Todos com quem eu tenho falado no Conselho Deliberativo concordam. Não se está tirando autonomia das próximas gestões, muito antes, pelo contrário”, completou Magrisso.

Fonte: Correio do Povo