Catártico, hipnótico, intenso — Uma Batalha Após a Outra faz jus ao título e se consolida não apenas como um dos favoritos ao Oscar 2026, mas também como um filme que realmente merece ser visto na telona, com direito a combo grande de pipoca.
A chancela de ser escrito e dirigido por um dos nomes mais respeitados de Hollywood, Paul Thomas Anderson — o mesmo de Sangue Negro, eleito pelo New York Times o melhor filme do século — já seria suficiente para despertar atenção. Mas a história vai além: não se apoia nesse prestígio nem nas figuras conhecidas de Leonardo DiCaprio, que foge da velha caricatura de galã, ou de Sean Penn, eterno medalhão do cinema.
O fio condutor da trama é a incontornável Perfidia Beverly (Teyana Taylor), que encarna perfeitamente os três adjetivos do início do texto e faz a narrativa orbitar em torno de si, sem ofuscar as subtramas. Em sua esteira, o filme mergulha em temas como questões raciais, migração, violência e, como cereja do bolo, as histórias cruzadas entre inimigos.