Bastidores do Grêmio: debandada tricolor no último ano da gestão de Guerra
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Bastidores do Grêmio: debandada tricolor no último ano da gestão de Guerra

Por motivos diferentes é grande a fila de pessoas deixando gabinetes e vestiário

Por José Augusto Pirolli da Silva
10/09/2025 12:44
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A onda é recente, mas as motivações não. Nos últimos meses é grande a fila de pessoas deixando os gabinetes e o vestiário do Grêmio. Nesta semana, após uma ação malsucedida de marketing, o CEO Márcio Ramos foi demitido. Entre ontem e hoje, dois profissionais de análise do futebol deixaram o clube.

Por ser 2025 um ano eleitoral são naturais movimentos políticos no clube, mas dependendo do caso, há outras razões que une boa parte daqueles que irão respirar novos ares. Justamente no que não necessariamente deveria estar entre aspas reside a maior explicação. Os 'ares' da Arena e CT Luiz Carvalho não são mais o que um dia já foram. Mas também não vêm de agora.

A insatisfação se arrasta especialmente pelo triênio da gestão Alberto Guerra. À medida que os processos de governança foram se estabelecendo, funcionários das mais diversas áreas, mas principalmente do futebol, foram da surpresa à decepção com quem comanda o coração do clube. Procuradas, algumas pessoas que saíram, assim como outras que permanecem na Arena ou no CT, não quiseram se manifestar para o Correio do Povo.

Assim que o processo eleitoral ganhou corpo, as primeiras mudanças aconteceram. Diego Martignoni, Edson Berwanger e Márcio Floriano, todos dirigentes das categorias de base, deixaram os cargos em junho.

No mês passado Harrison Vianna, gerente do quadro social, também foi embora, assim como o nutricionista Juliano Marques e o analista de mercado Lucas Sacchet. Este recebeu uma oferta para trabalhar para um clube árabe. Situação similar a de outros dois analistas. Gustavo Vargas, um dos encarregados pelo setor de mercado, pediu para sair mesmo sem outro emprego em vista. Gustavo Somavilla pediu demissão nesta terça-feira depois de vislumbrar um ambiente mais saudável e promissor em outro clube.

Um dos casos mais emblemáticos foi o de Rafael Barleze. Espécie de bandeira de campanha da gestão foi alçado a Coordenador do departamento de ciência, saúde e performance (ex-departamento médico), mas acabou demitido horas depois da contratação de Luiz Felipe Scolari sem que fossem dadas maiores explicações. Nem menores.

As eleições do Grêmio se aproximam, mas as articulações, por óbvio estão em curso. A corrente ligada ao empresário Marcelo Marques, comprador da Arena e favorito para assumir a presidência, se mexe nos bastidores para alicerçar o local onde irá pisar.

A ideia é buscar um novo executivo de futebol e Rui Costa, atualmente no São Paulo, já foi procurado para retornar ao Grêmio. Existe um alvo também para comandar a análise de mercado e a assessoria de imprensa no vestiário.

ALGUMAS DAS RECENTES SAÍDAS DO GRÊMIO

Diego Martignoni - Diretor Geral das Categorias de Base

Edson Berwanger - Diretor Adjunto das Categorias de Base

Márcio Floriano - Integrante do Departamento Jurídico

Harrison Vianna - Gerente Quadro Social

Juliano Marques - Nutricionista

Lucas Sacchet - Analista de Mercado

João Moacir da Luz - Zelador do vestiário

Márcio Ramos - CEO

Gustavo Vargas - Analista de mercado

Gustavo Somavilla - Analista de desempenho

Marco Aurélio Zelinann - Massagista do profissional

Rafael Barleze - Coordenador do departamento de ciência e saúde

Fonte: Correio do Povo




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