Já era madrugada de quinta-feira quando, após mais uma derrota para o Flamengo — a terceira em uma semana, agora por 2 a 0 —, o presidente Alessandro Barcellos apareceu na zona mista do Beira-Rio para dar explicações à torcida pela queda do Inter da Libertadores. Era uma tarefa complicada, visto que se trata da 14ª desclassificação colorada durante a gestão do atual dirigente, mas ele tentou. Além disso, afirmou que o clube irá se mobilizar para, via Brasileirão, buscar uma nova vaga na Libertadores.
“O nosso objetivo é voltar a disputar a Libertadores no ano que vem. E temos convicção de que isso é possível”, afirmou o presidente, que garantiu que não haverá mudanças na comissão técnica ou na cúpula do futebol neste momento: “O Roger é o nosso treinador. Temos convicção de que temos condições de reverter esse momento com muito trabalho”, disse o dirigente. “A nossa preocupação e a nossa cobrança são trabalhar para que o time pare de oscilar. Oscilamos muito em um momento crucial da temporada.”
Barcellos lida com problemas de caixa. O Inter não tem dinheiro para investir e, além disso, mostrou que, quando contrata, traz jogadores que não resolvem o problema do time. E precisou enfrentar um adversário que investiu quase R$ 300 milhões apenas na atual janela de transferências. “O Flamengo investiu dez vezes mais que o Inter nesta janela. Nunca essa diferença foi tão grande como agora. Temos que debater isso”, lamentou.
Apesar da desclassificação, Alessandro Barcellos afirmou que o grupo é bom, que o técnico Roger Machado faz um bom trabalho e que haverá reação. “Entendo que temos um grupo capaz de render mais, e temos uma comissão técnica que está trabalhando certo. Quando a gente entende que a relação entre o grupo e a comissão técnica não mostra que a situação irá melhorar, tem que haver mudanças. Mas isso não está acontecendo neste momento”, finalizou.
Fonte: Correio do Povo