Clube terá de vender e contratar com criatividade
A próxima janela de transferências do futebol brasileiro abre no dia 10 de julho. No caso do Inter, que volta a jogar somente dois dias depois, contra o Vitória, no Beira-Rio, pelo Brasileirão, os dirigentes terão que solucionar um dilema bem mais complexo do que escalar o time titular: reforçar o elenco sem dinheiro e, ao mesmo tempo, vender jogadores para alcançar a meta orçamentária de R$ 160 milhões em negociações previstas para 2025.
Até agora, o clube arrecadou cerca de R$ 30 milhões com as saídas de Rômulo para o Tigres-MEX e Wanderson para o Cruzeiro. Ou seja, faltam aproximadamente R$ 130 milhões — uma quantia respeitável, especialmente para quem acaba de fechar o balanço de 2024 com um déficit de R$ 34,4 milhões e com os gastos com futebol em alta.
Diante desse cenário, a direção colorada já ensaia os primeiros movimentos no mercado: a aposta inicial será em jogadores livres no mercado ou em fim de contrato. Ou, nas palavras do presidente Alessandro Barcellos, “contratações de jogadores que estão livres ou com custo que, ao longo do tempo, possamos equacionar”. Um tipo de reforço que cabe no bolso, sem garantias de que servirá ao time titular.
“O planejamento é feito com base na capacidade técnica e financeira para não desmanchar o que tem dado certo, mas sempre de olho na estabilidade financeira do clube. Queremos encontrar soluções que possam melhorar o time e custem menos”, afirmou Barcellos, em entrevista recente. Ele também descreveu o processo de montagem do elenco como um “jogo de xadrez”.
O Inter sabe que não terá margem para contratações bombásticas. E, ao mesmo tempo, precisará vender sem desmontar por completo o grupo que ainda busca recuperação no Brasileirão e sonha com voos um pouco mais altos na Copa do Brasil e na Libertadores. Missão complicada, mas não inédita para um clube que há anos convive com a necessidade de ajustar as finanças ao mesmo tempo em que tenta manter a competitividade. No final das contas, será preciso encontrar reforços que caibam no time, no vestiário e, principalmente, no orçamento.
Fonte: Correio do Povo
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