Não são todos, talvez nem a maioria. Mas alguns jogadores vindos da Europa trazem na bagagem um comportamento que os brasileiros não estão habituados por aqui. E que quando vão para lá se adaptam ou ficam para trás e retornam, às vezes reclamando da falta do feijão. No vestiário do Grêmio, onde as redes sociais brincam parecer ser uma reunião da ONU dado o número de estrangeiros, há aproximadamente um ano circula um atleta assim. Trata-se de Martín Braithwaite. O modo de encarar a carreira ajuda a explicar os números do dinamarquês desde julho de 2024
“Ele utiliza todos os recursos do CT. É um baita profissional, exemplar, sempre o primeiro a chegar de manhã cedo. Totalmente focado e pede para fazer aqui o que fazia lá fora. Se cuida bastante”, conta Mário Pereira, preparador físico do Grêmio até o ano passado. Até em dia de jogos o centroavante vai até a fisioterapia realizar trabalhos preventivos.
O fato é que a contratação de Braithwaite despertou curiosidade quando chegou vindo da Espanha. E até o momento, o camisa 22 tem feito a sua parte. Se no ano passado os 8 gols ajudaram a escapar do rebaixamento, em 2025, a ajuda para o time tem sido acima da média.
Conforme o site Goal, nas estatísticas da temporada, o dinamarquês aparece empatado com Yuri Alberto na terceira posição na tábua de goleadores com 13 gols. A média do gremista, no entanto, é melhor pois foram 26 jogos, o que dá 0,5 por partida contra os 0,37 do corintiano em 35 jogos. Veggeti do Vasco lidera com 19 seguido de Cano, do Fluminense e Neto, do Confiança na Série C, ambos com 14.
Para o segundo semestre, depois uma pré-temporada, existe no clube a expectativa da melhora de produção do time e que nela estejam os gols de Braithwaite em momentos mais decisivos. Dos 13 gols no ano, foram 6 no Gauchão, 2 na Copa do Brasil, 1 na Copa Sul-Americana e 4 no Campeonato Brasileiro.
Fonte: Correio do Povo