Grande parte das ferrovias do Rio Grande do Sul está obstruída desde as enchentes de maio e, por conta disso, o estado não tem ligação com o restante do país. O principal impacto está associado ao transporte de combustíveis, já que 80% do etanol chega ao estado pelos trilhos.
Quatro pontos de bloqueio interrompem as ferrovias. Em alguns trechos, túneis estão interrompidos por dejetos. Em outros, a estrada cedeu ou os trilhos foram levados pela força da água.
O etanol que chega ao estado tem como fim o abastecimento de veículos e a produção do plástico verde. Para chegar ao Polo Petroquímico de Triunfo, navios e caminhões têm feito o transporte do insumo.
Em todo o estado, apenas um traçado ferroviário segue em funcionamento. Ele sai de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, e chega até o porto de Rio Grande, na Região Sul. O trajeto, que é usado no transporte de grãos, precisou ter a operação reduzida. Das oito viagens diárias antes da enchente, apenas duas estão em operação.
Por conta disso, somente 480 dos 700 funcionários contratados estão trabalhando, segundo o Sindicato dos Ferroviários do RS. Além disso, muitos deles foram realocados em outros estados. São 200 funcionários que foram convidados a ser transferidos para uma base tanto de São Paulo quanto Paraná. Acreditamos que 150 já aceitaram viver uma nova vida lá", afirma o presidente do Sindicato, João Calegari.
Fonte: G1 RS