Emater aponta perdas nas lavouras da região após granizo do último domingo
AGRICULTURA
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Emater aponta perdas nas lavouras da região após granizo do último domingo

Além de Erechim, também registraram estragos Itatiba do Sul, comunidades de Barão de Cotegipe, Getúlio Vargas, Floriano Peixoto e Charrua.

Por Alessandra Staffortti
26/11/2025 09:14
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O violento temporal de granizo que atingiu Erechim na tarde do último domingo (23) provocou danos severos em grande parte do município, destruindo telhados, deixando mais de 160 pessoas feridas e mobilizando equipes de socorro. O impacto também alcançou o meio rural, onde lavouras, estruturas produtivas e propriedades foram fortemente afetadas. A gerente regional da Emater em Erechim, Fernanda Angonese, detalhou a situação e os levantamentos em andamento.

Conforme Fernanda, além de Erechim, também registraram estragos Itatiba do Sul, comunidades de Barão de Cotegipe, Getúlio Vargas, Floriano Peixoto e Charrua. Em poucos minutos de ocorrência, pedras de granizo de grande diâmetro atingiram plantações, residências, galpões, armazéns e caixas d’água, muitas delas perfuradas.

Ela explicou que a Emater está concluindo os laudos circunstanciados que embasam os decretos de emergência. Erechim, Itatiba do Sul e Getúlio Vargas devem adotar decreto de nível 2, indicando maior gravidade e necessidade de apoio estadual e federal, já que os municípios não conseguem sozinhos atender todas as demandas da comunidade. Floriano Peixoto e Charrua avaliam se decretam nível 1 ou 2, de acordo com os levantamentos de campo.

No diagnóstico rural, as perdas são amplas. Lavouras de milho-silagem e milho-grão tiveram folhas rasgadas e redução de produtividade. O trigo não colhido apresenta perdas estimadas em 80%, já que os grãos foram amassados e estouram no momento da colheita. Algumas áreas de soja sofreram menos danos em função do estágio de desenvolvimento.

A preocupação também recai sobre estruturas essenciais, como confinamentos de animais e compostos, que tiveram telhados perfurados. Silos de silagem prontos para uso tiveram as lonas rasgadas, elevando custos e comprometendo a qualidade do alimento devido à entrada de água e luz.

Outro ponto crítico é o prejuízo em armazéns de insumos, onde estavam estocadas sementes de soja e materiais para o próximo plantio. A umidade pode ter comprometido parte desses insumos, e a Emater trabalha para identificar o percentual de perdas.

Fernanda reforça que, enquanto propriedades com seguro rural poderão acionar as apólices, ainda não há definição sobre políticas públicas de apoio para quem não possui cobertura. Ela destaca que será necessária uma força-tarefa regional para reconstruir estruturas, recuperar lavouras e auxiliar famílias afetadas, já que o evento climático superou padrões anteriores e trouxe desafios inéditos para o setor agrícola da região.

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fonte:

Uirapuru




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