A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, localizada no interior do Paraná, foi gravemente atingida por um tornado na tarde desta sexta-feira (7). De acordo com a Defesa Civil do Estado, pelo menos cinco pessoas morreram e 130 ficaram feridas em decorrência do intenso fenômeno meteorológico.

A confirmação de que a cidade enfrentou um tornado foi dada pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), que analisou a ocorrência e classificou o evento preliminarmente como um tornado de categoria F2, com ventos entre 180 km/h e 250 km/h. Contudo, evidências apontam que em algumas áreas os ventos podem ter superado os 250 km/h, o que elevaria a classificação para F3.

Fenômeno causado por condições críticas

Segundo informações do governo do Paraná, um sistema de baixa pressão atmosférica, formado entre o Paraguai e a região Sul do Brasil, resultou no deslocamento de uma frente fria associada a um ciclone extratropical. Esta combinação de fatores gerou tempestades severas em várias áreas do estado, afetando principalmente as regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul.

“Estamos analisando fotos, vídeos e imagens aéreas em parceria com a Defesa Civil, e se necessário ajustaremos a classificação do tornado, pois o impacto foi extremamente severo”, explicou Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

Destruição massiva em Rio Bonito do Iguaçu

Informações preliminares da prefeitura indicam que 80% das residências e demais construções da cidade sofreram danos ou foram destruídas. O prefeito, Sezar Augusto Bovino, afirmou que as unidades de saúde estão sobrecarregadas devido à grande quantidade de feridos.

Entre os episódios mais graves, há registros de pessoas soterradas sob os escombros de um supermercado que desabou durante o temporal, intensificando os esforços de resgate e assistência às vítimas.

Além de Rio Bonito do Iguaçu, outras cidades como Candói e Porto Barreiro também foram atingidas pela tempestade. Ventos intensos arrancaram telhados, derrubaram árvores, postes e construções, obstruindo vias e dificultando os trabalhos de resgate.

Autoridades orientam a população a evitar áreas abertas e a manter distância de estruturas instáveis, árvores e redes elétricas, devido ao alto risco de queda e acidentes.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e profissionais de saúde permanecem em campo prestando assistência às vítimas, avaliando os danos e viabilizando o resgate de pessoas em áreas de risco.

Jornalismo Rádio Tapejara