A Polícia Civil indiciou o ex-coordenador do Procon de Passo Fundo, William Rangel, pelo crime de peculato — caracterizado pela apropriação indevida de valores por parte de servidor público. De acordo com as investigações, ele teria feito, ao menos, sete vítimas entre os meses de fevereiro e abril deste ano.
Conforme apurado, Rangel recebia principalmente idosos que procuravam o Procon com reclamações sobre descontos indevidos em contas bancárias ou problemas financeiros diversos. Aproveitando-se da situação, o então servidor solicitava o celular das vítimas, acessava aplicativos bancários e realizava transferências de dinheiro para contas de terceiros. Em um dos casos, ele chegou a ir até a casa da vítima para obter a senha bancária.
A investigação foi conduzida pelo Cartório do Idoso da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, em Passo Fundo. Segundo o delegado Mario Pezzi, sete inquéritos foram remetidos ao Judiciário. “A investigação durou cerca de três meses. Entendemos que está caracterizado o crime de peculato, visto que o investigado é funcionário público. Embora ele tenha se apropriado de bens de particulares, a condição de servidor público qualifica o crime como peculato”, explicou o delegado.
Durante o inquérito, William Rangel confessou ter feito as transferências de forma indevida. Segundo ele, os atos ocorreram em decorrência do vício em jogos, que gerou acúmulo de dívidas.
A Prefeitura de Passo Fundo, por meio do secretário de Desenvolvimento Econômico, Adolfo de Freitas, informou que Rangel foi exonerado do cargo assim que as denúncias vieram à tona. A administração municipal esclareceu ainda que, até o momento, não foi acionada judicialmente por nenhuma das vítimas para fins de ressarcimento. William ocupava um cargo de confiança na estrutura do Procon.
Nome envolvido também em investigação sobre fugas na Apac
Antes de atuar no Procon, William Rangel trabalhou na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), em Passo Fundo. Ele também é investigado pelo Ministério Público em um caso que aponta o suposto acobertamento de fugas de detentos.
Rangel chegou a ser preso em abril, teve o celular apreendido e foi liberado após concessão de habeas corpus. Ele responde ao processo em liberdade.
.
Fonte:
Uirapuru
62.212.441 de acessos desde 2009
Direitos Reservados. Desenvolvido por Impar Agencia Web.