Houve uma época na história da comunicação em que a imagem dizia menos do que o som. Quando as letras gravadas nos discos eram parte essencial da experiência, e a capa do álbum era uma expressão meticulosamente pintada, quase como um quadro. Uma época em que reunir-se para ouvir música podia ser o suficiente.
Dias atrás, me peguei lendo o relato emocionante de uma pessoa que passou uma semana vendada. Nesses casos, a ausência de um sentido costuma colorir os outros. Quem já participou de uma degustação às cegas sabe bem como é. Agora, imagine só o impacto de passar sete dias sem enxergar. Imagine, então... uma vida inteira.
Na era das ultra-TVs, redescobrir um sentido tão essencial na milenar arte de contar histórias pode revelar uma nova percepção do mundo. Por isso, quero te indicar três filmes para ouvir de verdade.Pela descoberta do som: Babilônia (Prime). Pela personificação do som: Whiplash (Max). Pela trilha sonora: Na Natureza Selvagem (Prime).