Movimento regional pede diminuição no número de pedágios previstos para a região
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Movimento regional pede diminuição no número de pedágios previstos para a região

Por Alessandra Staffortti
02/03/2025 05:15
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Um projeto de concessão de trechos das rodovias gaúchas para uma empresa explorar com pedágios está motivando uma série de manifestações de moradores e trabalhadores na região. Um projeto estadual prevê que, somente no trecho de Passo Fundo até Nova Prata, distante cerca de 120km, o motorista de um carro de passeio pague R$25 Reais em ao menos seis pórticos pelo sistema automático de cobrança. Há previsões de outros pedágios na região de Casca até Encantado-RS, além de novas unidades de Passo Fundo a Erechim, deixando as cidades cercadas por cobranças. A concessão, que engloba 414,91 quilômetros de estradas em 32 municípios, prevê investimentos pela empresa vencedora da licitação de R$ 6,7 bilhões ao longo de 30 anos.

O projeto inclui duplicação de 244 quilômetros, 101 quilômetros de terceiras faixas e implementação de acostamentos, marginais e passarelas para pedestres. No entanto, o número de pedágios e os custos preocupa boa parte da população. Neste contexto um movimento chamado Pedágio Não! Vem tomando força na região. Sem sigla partidária, o movimento é formado por empresários, caminhoneiros, motoristas em geral e a população.

Ivaldo Friguetto, que é caminhoneiro da região de Casca-RS, explicou que é preciso considerar a ida e volta dos veículos, trazendo custos muito altos para todos. Citou casos de caminhões que pagarão mais de R$100 Reais na ida e volta em um trajeto de 20km na Serra Gaúcha, região de onde vem muitos produtos alimentícios para Passo Fundo. Para o caminhoneiro é preciso prestar atenção no transporte, pois se os pedágios forem efetivados haverá inflação em tudo.

Márcio Patussi, apoiador do movimento contrário aos pedágios, conversou também com a Uirapuru sobre esta situação e disse que o novo projeto trará quatro praças de pagamento no trecho de Passo Fundo a Erechim. Alertou que muitos pontos não terão duplicação e o impacto nos fretes será devastador. Para Patussi, é preciso pensar que trata-se de uma situação que trará impactos por 30 anos, tempo de concessão dos pedágios, mas com impactos inflacionários diretos.

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Fonte:

Uirapuru




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