Corpo será velado no CTG Sentinela da Querência, em Erechim
O corpo de Gildinho, fundador e líder do Grupo Os Monarcas desde a década de 1970, será velado neste domingo (12), no CTG Sentinela da Querência, em Erechim. A despedida será aberta ao público e acontece das 9h às 16h, seguida de celebração de exéquias e sepultamento no Cemitério Municipal Pio XII, às 17h.
A informação foi confirmada na noite deste sábado (11) no perfil oficial do grupo musical nas redes sociais. Mais cedo, Os Monarcas haviam informado sobre a morte do cantor destacando "a alegria e o legado deixado por seus ensinamentos e seu carisma". (Confira nota na íntegra abaixo).
Nésio Alves Correia morreu neste sábado, aos 82 anos, em Porto Alegre. Ele havia sido diagnosticado com um câncer na tireóide há cerca de 20 anos e passou a lutar contra a doença desde então. Em novembro do ano passado, Gildinho foi internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, devido a dores nos ossos e sangramentos. Na ocasião, os médicos descobriram um tumor na próstata.
Uma das principais referências atuais na música regionalista gaúcha, Gildinho deu início a'Os Monarcas em 1974, mas já atuava nos palcos desde 1967, ao formar a dupla Gildinho e Chiquito, com o irmão Francisco Desidério Alves Correa. Ao todo, Os Monarcas gravaram 50 discos e receberam 10 premiações de Disco de Ouro.
Gildinho nasceu em Soledade/RS em 18 de janeiro de 1942. Aos 19 anos, após perder o pai, mudou para Erechim, onde deu início à carreira artística.
Prefeitura de Erechim decreta Luto Oficial
A Prefeitura de Erechim decretou Luto Oficial de sete dias pela morte do músico Gildinho. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Paulo Polis anunciou a medida e agradeceu ao artista pela história escrita no município. “Muito obrigado, tio Gildo. Muito obrigado por toda alegria, por todo respeito, por todo carinho que o senhor teve pela nossa cidade de Erechim, pelo Estado e pelo Brasil. O senhor vai nos deixar muita saudade”, afirmou.
Músico vai receber monumento na BR-153
Um monumento em homenagem a Gildinho deve ser instalado no canteiro central da BR-153, em Erechim. A estátua ficará localizada no trecho urbano da rodovia, conforme informou o deputado estadual Paparico Bacchi, autor da proposição.
O parlamentar havia anunciado, no início da semana passada, que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Órgão Executivo Rodoviário da União, havia concedido a autorização para instalação no monumento.
Segundo ele, a obra deve começar em breve.
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Confira a nota d'Os Monarcas na íntegra
"* NOTA OFICIAL - OS MONARCAS***
É com grande pesar que informamos o Falecimento de nosso Fundador NÉSIO ALVES CORRÊA, GILDINHO como foi imortalizado à frente do Conjunto Os Monarcas. Fica a saudade, fica a lembrança… Permanece a Alegria e o Legado deixado por seus ensinamentos e seu carisma!
Breve História de Nesio Alves Corrêa - “Gildinho”
Gildinho nasceu em Soledade/RS, em 18 de janeiro de 1942, em uma família humilde e numerosa, tendo sido criado em meio às lides campeiras.
Muito cedo perdeu o pai, que era acordeonista, e de quem herdou o amor pela música gaúcha.
Em 1961, com 19 anos, botou o pé no mundo e foi em busca de seu destino, encontrando paragem em Erechim/RS.
Meio acaboclado, mas cheio de determinação, Nesio iniciou, em 1963, o programa radiofônico “Amanhecer no Rio Grande”, pela Rádio Difusão de Erechim. Com a audiência do programa, passou a se solicitado para animar pequenos bailes na região.
Em 1967, Chiquito, o irmão caçula de Gildinho e herdeiro da mesma paixão pela música, mudou-se para Erechim. Unindo forças, formaram a dupla “Gildinho e Chiquito”, que foi o embrião do conjunto musical OS MONARCAS. Apresentaram, por 17 anos, diariamente, um dos mais populares programas de auditório da época, "Assim Canta o Rio Grande", pela Rádio Erechim.
E se herdou a vocação de gaiteiro de seu pai, foi o conselho recebido de seu ídolo, Oneide Bertussi, que incentivou Gildinho a aprimorar a técnica instrumental, levando-o a dedicar-se, durante anos, ao estudo do acordeon, na Escola de Belas Artes Osvaldo Engel. Transformou-se em professor, atividade que exerceu durante anos, ensinando aos seus alunos xotes, vaneiras, bugios e, sobretudo, o respeito à música regional.
Em 1972, após anos animando bailes na região do Alto Uruguai, fundou, oficialmente, o conjunto Os Monarcas, dando início a uma trajetória de sucessos e reconhecimento ímpar no cenário da música gaúcha.
De fato, o conjunto Os Monarcas consolidou-se como um dos mais respeitados grupos da música regional do Brasil, importante não só pela extensa discografia (51 trabalhos), pelos discos de ouro conquistados (10), os inúmeros troféus, indicações e prêmios colecionados ao longo dos anos, mas, sobretudo, por manter em sua formação um grupo sólido e talentoso, com artistas impecáveis, exercendo inequívoco protagonismo na história da música gaúcha.
“Sou monarca, meu Reino é o Mundo, Minha Missão é levar alegria e a Boa Música a todos Os Rincões!” Gildinho."
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Jornalismo Rádio Tapejara
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