Lendário estádio é um dos pontos de arrecadação de donativos
"Não tem mais ninguém lá", diz uma pessoa de longo tempo de serviços prestados ao clube. O "lá" é a sede da ilha do Grêmio situada na Ilha Grande dos Marinheiros, logo após a Ponte do Guaíba, na saída de Porto Alegre. O resultado das enchentes, porém, permite dizer que o "lá" se estende também à Arena, ao Instituto Geração Tricolor, ao CT Luiz Carvalho e ao CT do Cristal, todos na Capital, e ao CT Hélio Dourado, ao em Eldorado do Sul. Em todos os endereços do Grêmio, restaram apenas os seguranças trabalhando. Menos em um, o Olímpico Monumental. É no bairro da Azenha em que são recolhidos donativos para os atingidos pelas chuvas.
Foi do Velho Casarão que partiu no final de semana o helicóptero alugado pelo clube para levar mantimentos para o grupo de atletas da base até então isolado pelas águas dentro CT Hélio Dourado. Todos os jogadores e staff já foram resgatados. No local só ficaram os seguranças.
Situação idêntica à que acontece na Arena, no CT Luiz Carvalho, na zona norte e no CT do Cristal, na zona sul. Na ilha, por razões óbvias, após o resgate do caseiro, só quem ficou foi a água.
Os relatos desta quinta-feira são cautelosos e ao mesmo tempo esperançosos. Nas últimas 24 horas a lâmina de água tinha baixado cerca de um metro tanto na região das escolinhas quanto na dos profissionais. A previsão de chuva para os próximos dias explica a precaução.
Quem conhece para onde o futebol do Grêmio se mudou em 2015 sabe que se trata de uma área exposta e sujeita ao comportamento do Guaíba. Ao se despedir depois do último treino exatamente sete dias atrás, um funcionário anteviu problemas: "Acho que não vamos nos ver tão cedo".
Quem não conhece de onde vem o Grêmio sugeriu o cessar das doações logo no início da campanha alegando pedido da Defesa Civil temendo insegurança. Menos mal que o anticlímax foi ignorado. Desde então, é o Olímpico Monumental um dos pontos em que as pessoas têm procurado como destino da solidariedade ao povo gaúcho. De lá saíram, nas últimas horas, uma carreta de colchões e duas com água potável. Os seguranças do Velho Casarão têm companhia como desde 2015 não tinham.
Fonte Correio do Povo
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