Todo mundo já viu um “Tom Ripley” por aí. Estrategista, camaleônico e aproveitador. E o seu lugar, nesse caso, não poderia ser outro: Netflix.
A minissérie, se apresenta digna e dissonante em diversas camadas. Em contraste ainda mais evidenciado pela barulheira desumana do restante do catálogo.
Tom Ripley vem da efervescência e da ascensão americana dos icônicos anos 1950. Fundamentada em cinco livros que dão densidade e calibre a talvez, melhor adaptação cinematográfica.
A escolha da direção de Steven Zaillan (A Lista de Shindler), mergulha fundo na década, no ritmo, na arte e nos planos que enquadram Tom (Andrew Scott), como um pioneiro dos anti-heróis.
Cuidado ao tentar dissecar um “Ripley” no seu cotidiano, ele está na categoria dos desalmados.