Acusado de matar companheira é condenado a 22 anos e 11 meses de prisão
JUSTIÇA
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Acusado de matar companheira é condenado a 22 anos e 11 meses de prisão

O julgamento aconteceu nesta terça em Passo Fundo

05/12/2023 16:26
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Nesta terça-feira (05) aconteceu o Júri de um caso que chocou a comunidade de Passo Fundo. Cláudio Albano do Santos, acusado de matar, esquartejar, queimar e esconder o corpo de Cleusa Souza da Silva, de 49 anos, foi condenado a uma pena 22 anos e 11 meses de prisão, pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo.

A acusação, que conseguiu a condenação do réu, foi formada pelo Promotor de Justiça, Antônio Metzger Kepes, e pelas assistentes de acusação, Dra. Maura Leitze e Dra. Bruna Lemes da Silva. Na defesa do réu, atuou o Dr. Gustavo da Luz e presidiu e o Júri a Juíza, Dra. Rosali Terezinha Libardi.

Relembre o caso

O crime aconteceu no mês de junho de 2022 e teve grande repercussão na Rádio Uirapuru. Familiares de Cleusa procuraram a emissora no mesmo dia em que ela saiu de casa e não retornou mais. Muito abalados, fizeram um apelo, na época, para encontrar Cleusa. A Uirapuru acompanhou de perto todo o desenrolar do crime.

O corpo da mulher foi localizado no dia 25 de junho, no interior, entre Mato Castelhano e Gentil. No local, apenas a ossada de Cleusa foi localizada. No dia 15 de junho de 2022, Cleusa havia saído de casa para tomar uma injeção anticoncepcional na Unidade Básica de Saúde do Bairro Bom Jesus. Ela chegou, tomou a injeção e saiu de forma rápida. A reportagem policial da Rádio Uirapuru esteve na UBS, e em conversa com funcionários do local, na época, eles disseram que Cleusa apresentava um nervosismo excessivo, fora do normal. “Cleusa sempre foi comunicativa, chegava e conversava com todo mundo” relata uma profissional da UBS.

A mulher mantinha um relacionamento com Cláudio. Quando ela desapareceu a família fez contato telefônico com ele, e este relatou que não tinha nada a ver com o desaparecimento. Após, desabilitou o telefone. Os agentes da Polícia Civil foram até a residência do homem e constataram que ele não estava mais no local. Claudio foi localizado na manhã de um sábado, 25 de junho. O homem foi localizado em um condomínio onde prestava serviço de guarda, no Centro de Passo Fundo. A localização se deu através da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa de Passo Fundo, coordenada pela Delegada Daniela de Oliveira Mineto e pelo chefe de investigações Comissário Volmar Menegon. O homem confessou o crime e levou os agentes da DHPP até o local onde havia desovado o corpo.

As equipes então, coordenadas pelo Comissário Volmar Menegon, foram até a divisa do município de Mato Castelhano com Gentil, em um local de difícil acesso, na localidade do Campo do Meio, onde encontraram restos mortais. Cláudio disse que matou a vítima mas negou ter ateado fogo no corpo. Ao contrário do que diz o corpo estava carbonizado dando para identificar apenas a ossada do crânio e do quadril.

Segundo o próprio réu confesso, ele matou a Cleusa asfixiada ainda na residência dele em Passo Fundo, e após, levou o corpo para o interior em Mato Castelhano. Cláudio responde por feminicídio qualificado e será julgado nesta terça-feira no Fórum da Comarca de Passo Fundo.

Fonte: Rádio Uirapuru




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