A notícia de que um homem de 58 anos faleceu na véspera de Natal enquanto comia um cachorro-quente em Ibirubá chamou a atenção. O indivíduo acabou engasgado com o alimento e, mesmo sendo socorrido, não resistiu e veio a óbito.

De acordo com Camila Freitas, que salvou inúmeras vidas nos 12 anos em que atuou no Samu de Passo Fundo, a primeira ação a ser tomada deve ser o acionamento do resgate. “É muito perigoso um engasgue e o pessoal não tem noção do perigo que isso representa. Então, é necessário que o serviço de emergência seja acionado o quanto antes, seja pelo 192 do Samu ou 193 do Corpo de Bombeiros” diz.

Entretanto, no momento em que o socorro é acionado, o aconselhável também é que alguém faça manobras na vítima. Em caso de adulto, deve ser realizada a chamada Manobra de Heimilich, que consiste em um abraço forte por trás da vítima, com as mãos fazendo compressões literalmente na boca do estômago. Ou seja, na parte superior do abdome. Essa compressão deve ser feitas com força até a vítima dar sinais de melhora. Mesmo que esteja passando bem, precisa ser encaminhada a atendimento hospitalar, pois alguns resíduos ainda pode vir a obstruir as vias respiratórias.

Contudo, em crianças, a manobra é um pouco diferente. Camila descreve que uma pessoa deve posicionar a criança de bruços, com uma mão mantendo a boa aberta e a outra realizando pressão nas costas da vítima. O indicado, nesse momento, é que a pessoa esteja sentada, para evitar a queda da criança. Ao mesmo tempo, deve seguir a manobra até a chegada do socorro.

Seja qual for a origem do engasgamento, Camila Freitas conta que é uma ocorrência comum e envolve líquidos, alimentos sólidos ou mesmo objetos menores. Importante salientar também que ao fazer o chamado, geralmente um atendente socorrista faz orientações via telefone para acelerar a recuperação, pois em questão de segundos esse tipo de ocorrência pode levar a óbito. “Às vezes a pessoa fica completamente obstruída, não consegue respirar e acaba sofrendo uma parada cardiorrespiratória” explica.

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Fonte:

Uirapuru