Conhecer a realidade da agricultura em diferentes regiões norte-americanas foi o foco da viagem promovida pela StoneX Brasil, consultoria da qual a Coasa é parceira. O presidente, Orildo Germano Belegante, integrou a comitiva brasileira da XI Viagem Comercial aos EUA, de 27 de agosto a 4 de setembro, que reuniu, também, pessoas ligadas ao setor em outros estados como Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul. O grupo esteve em instituições, associações de produtores, empresas e também visitou cooperativas, para acompanhar as tecnologias que estão sendo aplicadas nos processos produtivos e que podem ser referência para outros países. No centro de pesquisa da Corteva, por exemplo, entraram em contato com o processo de desenvolvimento de novas variedades de soja e milho.
O gestor já havia visitado nos Estados Unidos há cerca de oitos anos e contou ter percebido algumas mudanças, entre elas, o avanço no plantio de soja, embora a maior parte da produção ainda seja de milho. “É uma realidade que pode, no futuro, alterar o cenário das commodities. Mas é preciso deixar claro que eles não fazem nada que nós, no Brasil, também já não fizemos ou que não podemos fazer”, explica ele. A tendência da safra americana gira em torno de 123 milhões de toneladas, enquanto a do Brasil está estimada em 150 milhões de toneladas, salvo as características geográficas, de solo e clima de cada país. Os EUA enfrentaram uma estiagem nesta safra, o que causou perda de potencial dos grãos, mas a expectativa ainda é de uma robusta oferta norte-americana, o que pode contribuir para uma pressão sobre os preços internacionais.
Essa tendência de aumento na área plantada com soja, detalha o presidente, também pode ser vista no avanço das empresas de biodiesel, em contraponto com as de etanol – que utilizam o milho como matéria prima. A comitiva brasileira também visitou a Farm Progress Show, uma feira voltada à tecnologia aplicada ao meio rural e organizações cooperativas americanas onde foi possível acompanhar os processos de armazenagem, de relacionamento pessoal com os associados e até com a concorrência. “Estamos no caminho certo, mas sempre é importante buscar a melhoria no nosso trabalho”, avalia Orildo. Em muitas visitas realizadas, ficou clara a importância da automação para a eficiência das atividades.
Já o coordenador comercial da Coasa, Deividi Poli, visitou a Esade, considerada a quarta maior escola de negócios do mundo, localizada em Barcelona. Ele integrou uma comitiva brasileira que reuniu representantes de 30 cooperativas. Na ocasião, vivenciou parte do ecossistema de inovação espanhol que apresenta uma série de tendências de mercado e de comportamento do consumidor, muitas delas voltadas à questão da sustentabilidade. “A Espanha faz parte do Acordo Verde Europeu, que busca reduzir, até 2030, em até 50% o consumo de defensivos”, lembra ele, contando que para isso, são necessárias alternativas de produção.
Outra tendência destacada pelo coordenador comercial da Coasa, é o aumento no consumo de produtos orgânicos que, também pelo Acordo Verde Europeu, deve crescer 25% até 2030, provocando mudanças no sistema produtivo da agricultura. Ele destaca ainda, no setor de tecnologia e inovação, situações já conhecidas no Brasil como o uso de drones, satélites e da hidroponia – cultivo de plantas apenas na água. “Lá se fala muito em biotecnologias e a busca para manter ou até aumentar as produtividades sem a perda da qualidade que, na verdade, é o que também sempre buscamos para os associados”, finaliza Deividi.
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Fonte:
Coasa
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