Polícia indicia quatro pessoas por ritual que culminou na morte de mulher amarrada em cruz de cemitério
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Polícia indicia quatro pessoas por ritual que culminou na morte de mulher amarrada em cruz de cemitério

Fato aconteceu em Formigueiro, no Centro do Estado

Por Belchyor Teston
28/02/2024 13:42
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Quatro pessoas foram indiciadas, no começo desta semana, pelo assassinato de Zilda Correa Bittencourt, de 58 anos. O fato aconteceu no município de Formigueiro, na Região Central do estado, durante um suposto ritual religioso praticado em um cemitério da cidade.

Jubal dos Santos Brum, de 67 anos, Francisco Guedes, de 65, e os irmãos Nayana Rodrigues Brum, de 33 anos, e Larry Chaves Brum, de 23, são acusados de Homicídio Qualificado. Francisco é apontado como líder de um centro religioso na localidade de Passo do Maia e, segundo a defesa, ele não tem envolvimento com a morte.

Já a defesa dos demais réus afirmou que ainda está analisando os autos do inquérito e laudo da necropsia e só vai se manifestar após a conclusão.

Os quatro respondem presos ao processo. Três qualificadoras foram apontadas pela polícia: motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Conforme as investigações, a mulher teria sido amarrada em uma cruz e espancada. O laudo da necropsia, formulado pelo Instituto-Geral de Perícias, aponta que a causa da morte foi provocada por “ferimentos por instrumento contundente”.

Ainda de acordo com a polícia, dois dos acusados, que são líderes religiosos, confessaram que bateram na mulher para “expulsar o encosto, o espírito do mal que estava nela”.

As investigações apuraram que as agressões começaram em uma casa que, segundo a polícia, era utilizada para a prática dos rituais. Depois, a mulher foi levada duas vezes ao cemitério onde, na segunda passagem pelo local, teria ocorrido o óbito.

Todo o ritual teria sido acompanhado pelo filho e pelo marido da vítima, exceto na última vez em que estiveram no cemitério. Na ocasião do óbito, os dois foram orientados a esperar do lado de fora até que o ritual fosse concluído. Devido à demora em retornarem, ambos entraram no cemitério e encontraram a vítima morta, amarrada em uma cruz.

Eles chegaram a solicitar atendimento médico, mas a mulher já estava em óbito. A polícia foi acionada e prendeu duas pessoas em flagrante. Outros dois envolvidos foram presos no dia seguinte.

Após o indiciamento, cabe ao Ministério Público analisar os autos e decidir se oferece denúncia ao Poder Judiciário.

Jornalismo Rádio Tapejara




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