Em 27/01 de 2013, 242 pessoas morreram e 636 ficaram feridas
"Hoje lembramos de uma tragédia que tirou um pedaço de nossa vida e o sofrimento continua. Esperamos agilidade da justiça no julgamento dos responsáveis", afirma o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Flávio Silva lembrando o incêndio na Boate Kiss.
Oito anos se passaram desde o dia 27/01 de 2013, quando 242 pessoas morreram e 636 ficaram feridas, tempo que faz crescer o sentimento de revolta da cidade cravada no região central do Rio Grande do Sul.
Ogier Rosado perdeu o filho Vinicius Rosado, na época com 24 anos, estudante de educação física. Ele destaca que, quanto mais o tempo passa, mais a saudade aumenta. "A nossa justiça é lenta e estamos em um mundo individualista. Hoje, pouca gente lembra de uma tragédia que tirou filhos e amigos de nosso convívio. A pandemia mostra que a lição de se ter prevenção não foi apreendida", avalia.
Para lembrar os oito anos da tragédia, uma programação diferenciada está sendo realizada. Uma live com início às 20 horas desta quarta-feira, com a participação de pessoas de diversos segmentos da sociedade tem como foco "luto materno, impunidade e a incansável luta por justiça". Entre os participantes estão a escritora e produtora de televisão, Glória Perez, o ator Tony Ramos, o jornalista Marcelo Canellas e Ligia Righi Silva, mãe de uma estudante que morreu na tragédia. Uma sirene foi instalada na Rua dos Andradas, em frente ao prédio onde funcionava a boate e acionada às 02h30 da madrugada, horário que iniciou a tragédia.
Quatro pessoas foram indiciadas pelo incêndio e estão esperando julgamento: Elissandro Spohr (o Kiko) e Mauro Hoffmann são sócios da boate. Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandagueira, e Luciano Bonilha Leão assistente de palco, também estão no banco dos réus.
A tragédia ocorreu na madrugada do dia 27/01 de 2013, na boate que funcionava na Rua dos Andradas, centro de Santa Maria e foi provocada pela imprudência, quando Luciano Bonilha Leão acionou um artefato pirotécnico que deu início ao fogo. O incidente é considerado a segunda maior tragédia no Brasil, em número de vítimas em um incêndio, sendo superado apenas pela Tragédia do Gran Circus Norte Americano, ocorrida em 1961, em Niterói/RJ, quando foram 503 mortos.
Fonte: Correio do Povo
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