Instalados há quatro anos, os túneis de ventiladores e nebulizadores no aviário dos irmãos Vilmar e Valcir Pasa, na localidade de Linha 25, no interior de Marau, foram insuficientes para aplacar o calor potencializado pela estiagem.
Mais de 450 frangos morreram dentro do galpão na quinta-feira (9) da semana passada, quando os termômetros no município alcançaram 35ºC.
A mortandade de aves é uma das consequências da alta temperatura em áreas castigadas pela secura que tem arruinado lavouras. Aos Pasa, restou acionar a prefeitura do município para que abrisse uma vala para enterrar os animais que não suportaram o calor.
Embora reconheça a mortandade como amostra do calorão, o diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura, José Eduardo dos Santos, afirma ser usual a perda de frangos em aviários com baixa tecnologia em dias extremamente quentes.
A entidade tem recebido relatos de mortes de aves em diferentes regiões do Estado nos últimos dias, mas ainda não tem levantamento consolidado.
No município de 36,3 mil habitantes no norte gaúcho, os impactos da estiagem se alastram para além dos aviários. Marau calcula perdas de 70% nas lavouras de milho, 20% nas de soja e 30% na produção de leite.
Fonte: Gaúcha ZH