Presidente e funcionários são afastados de Hospital de Ijuí
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Presidente e funcionários são afastados de Hospital de Ijuí

São investigados sobre receptação de medicamentos roubados

06/01/2020 08:09
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O presidente e cinco funcionários que ocupavam cargos de chefia no Hospital de Caridade de Ijuí, no Noroeste do Rio Grande do Sul, foram afastados na manhã desta sexta-feira (3), por determinação judicial.

Eles foram indiciados pela Polícia Civil como autores de crime de coação na investigação que apura a receptação de lotes de medicamentos para o câncer, que haviam sido roubados em Minas Gerais e foram encontrados na instituição em novembro de 2018.

O hospital é referência em tratamento e pesquisa em câncer no Rio Grande do Sul.

Além do afastamento imediato das funções, os investigados estão proibidos de acessar o hospital e de manter contato com servidores, colaboradores e testemunhas.

Os lotes foram roubados no dia 17 de outubro, em um caminhão que carregava carga avaliada em mais de R$ 1 milhão. Os medicamentos foram encontrados no hospital em Ijuí após uma denúncia. Eles foram comprados de uma distribuidora não credenciada, por mais de R$ 600 mil, conforme a polícia.

Dois funcionários chegaram a ser presos em flagrante, pagaram fiança e estão em liberdade provisória.

O delegado responsável pelo caso também pediu a prisão preventiva dos seis investigados, mas a Justiça decidiu pelas medidas cautelares de afastamento, entendendo que seriam suficientes para cessar a coação.

"Os afastamentos foram pedidos pela Polícia Civil justamente para o prosseguimento regular do inquérito, para preservação da prova testemunhal frente às coações e ameaças que os funcionários do hospital estavam sofrendo para alterarem seus depoimentos para a polícia", diz o delegado Tiago Baldin.

O presidente do HCI, Claudio Matte Martins, disse que não iria se manifestar enquanto não recebesse uma resposta de seu advogado quanto ao teor da investigação.

A direção do hospital disse que só irá se manifestar após orientações do departamento jurídico.

Fonte:

G1/RS




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