Coasa realiza o 4º Seminário de Bovinocultura de Leite
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Coasa realiza o 4º Seminário de Bovinocultura de Leite

Em debate os caminhos para potencializar a cadeia produtiva

18/07/2019 11:04
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Nesta quarta-feira, 17 de julho, aconteceu o 4º Seminário de bovinocultura de leite Coasa, em Água Santa. Neste ano, dois concursos fizeram parte da programação: o 3º Desafio Silagem de Impacto – Safra 2018/19 e a Qualidade do leite Coasa – O leite que você produz reflete o produtor que você é. A 4ª edição foi mais um importante evento que oportunizou conhecimentos, além de potencializar a cadeia produtiva regional.

Entre os palestrantes convidados, esteve o médico veterinário e doutor em Ciência Animal e Pastagem, professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rodrigo de Almeida. Ele abordou o período de transição e como adaptar as vacas para alta produção de leite. Rodrigo explica que o período de transição se refere às três semanas anteriores e seguintes ao parto, um período curto de tempo, mas de extrema importância. “É necessário que o produtor dê a devida atenção, conforto, alimentação, manejo ao animal, o que irá ocasionar maior produtividade, rápida reconcepção, menos doenças, resultando em um negócio mais lucrativo”, disse. O palestrante salientou quais os pontos que devem ser avaliados no período periparto para que a vaca arranque ao pico e atinja uma lactação de sucesso para produtor, tornando o negócio lucrativo. “Infelizmente muitos produtores não dão atenção ao escore de condição corporal, que é o percentual de gordura da vaca. Há trabalhos de pesquisa que mostram que quando a vaca chega ao parto gorda ela fica mais doente”. O veterinário também abordou duas enfermidades comuns: cetose e hipocalcemia.

O médico veterinário, Cassio Roberto Melo Camargos que atua como consultor especialista em Gestão de Pessoas, Processos e Resultados em Fazendas Leiteiras falou sobre gestão da qualidade do leite. “Quando observamos o agronegócio brasileiro percebemos que algumas cadeias estão mais avançadas como a avicultura e suinocultura, com grande evolução que foi encabeçada pelos próprios agricultores. Não foram governos nem instituições de pesquisa que mudaram estes setores, mas os próprios produtores por meio de associações e cooperativas, estabelecendo padrões de trabalhos. Então não dá para ficar esperando ações do governo, aguardando soluções. Muitas vezes nem as instituições governamentais sabem o que fazer, a saída está dentro das porteiras. Queremos produzir um leite de qualidade, com boa gestão e sucessão e isso é possível”, disse.

Conforme Camargos, há muitos produtores querem ser o dono da fazenda e não o ganhador do dinheiro, o gestor da propriedade. “A pecuária do leite tem uma cultura de dependência e se não tivesse essa normativa entraria no caos, o produto perderia qualidade. A qualidade é algo que deve estar intrínseco. Precisamos aprender a fazer a coisa bem feita e isso é possível com os recursos existentes nas fazendas. A atitude do dono é 99% do problema resolvido”, explica. O palestrante destacou dois problemas que considera os principais que são os CCS e a mastite e pede que os produtores fiquem atentos a ambos.

O zootecnista Andre Hubert que atua como Coordenador de Difusão na CCGL destacou o papel da assistência técnica aos produtores de leite por parte da cooperativa. “A Coasa faz parte do sistema CCGL que tem uma linha de pesquisa e validação de informações que serve de amparo aos produtores, como custo de produção, conhecer o que é feito dentro da propriedade, ter na mão os indicadores de pesquisa para uma boa rentabilidade. Lembramos que para continuar na atividade é necessário ter um custo de produção compatível com o que o mercado está fornecendo no momento”.

O zootecnista, Renato Palma Nogueira, especialista em produção e nutrição de ruminantes é consultor técnico independente. A palestra foi provocativa, uma vez que seu alerta foi em torno do estresse calórico das vacas no período de calor. “Os produtores precisam ajustar algumas ações necessárias na época de calor, porque produzir leite no calor é um desafio. Cada litro de leite que a vaca produz gera 1600 calorias. A zona de conforto da vaca é -5ºC e 16ºC. Temperaturas maiores causam uma série de reações. Se a temperatura do animal subir ele entra em colapso e morre. O mínimo que acontece é o animal diminuir o consumo e produção de leite, o que não queremos. Indiscutivelmente um dos maiores prejuízos da pecuária leiteira moderna em todos os países é o estresse calórico, onde a produção de leite diminui e o leite sobe. Quem controlar o estresse calórico consegue a sincronia entre produtividade e melhor preço no ano”, finalizou.

Premiação Qualidade do Leite

O concurso Qualidade do Leite Coasa – “O leite que você produz reflete o produtor que você é”, contou com 40 participantes e teve como objetivo principal estimular aqueles que se preocupam com a qualidade do leite frente às exigências da indústria.

Claudino Bonora foi o campeão com 398 pontos. Além do troféu ele ganhou uma motocicleta OKm. Utiliza a ração Coasa Top Milk com mineral da empresa DSM Tortuga. Foi auxiliado pelo técnico Jonas Lorençon.

O 2º lugar foi para Valdocir José Costella. Utiliza ração Coasa com mineral da empresa DSM Tortuga. É auxiliado pelo técnico Jonas Lorençon. Alcançou 378 pontos dos itens avaliados o que lhe conferiu além de troféu um televisor 42”.

Em 3º lugar, Osorio Bacega. Com ração Coasa e mineral da empresa DSM Tortuga, alcançou 352 pontos dos itens avaliados. Auxilio do técnico Jonas Lorençon. Além do troféu, recebeu um televisor de 42”.

Em 4º lugar, Gabriel Lorenzon. Utiliza a ração Coasa Top Milk com mineral da empresa DSM Tortuga. Recebeu 317 pontos dos itens avaliados. É auxiliado pela técnica Liliane Zanatta.

Em 5º lugar, Mauri Antonio Zanatta. Utiliza ração Coasa e mineral da empresa Kera. Atingiu 312 pontos dos itens avaliados. É auxiliado pelo técnico Lucas Zaparolli.

Premiação Silagem de Impacto

O 3° Desafio Silagem de Impacto – Safra 2018/19 contou com 120 participantes e teve como principal objetivo estimular o correto manejo da silagem de milho cultivadas nas unidades de produção agropecuária associadas à Cooperativa.

Em 1º lugar ficou Augusto Dalberto, utilizando o híbrido 290 PRO3 Dekalb, auxiliado pela técnica Solange Fávero e apresentando 1.670 Kg de leite por tonelada de matéria seca. Como prêmio, o produtor recebeu o troféu de 1° lugar e 1 televisor de 49”.

O 2º lugar foi para Darci Bonora. Ele usou o híbrido: B24330 Brevant, foi auxiliado pelo técnico João Carlos Galina e apresentou 1666 Kg de leite por tonelada de matéria seca. Bonora recebeu troféu e um televisor de 42”.

Em 3º lugar, Cidnei Edson Tibola. Utilizou o híbrido 9025 PRO3 Agroceres, auxiliado pelo técnico Leonir Viziolli. Teve 1639 Kg de leite por tonelada de matéria seca. Além de troféu recebeu um televisor de 42”.

Em 4º lugar foi para Celso Casanova. O híbrido utilizado foi B24330. Apresentou 1618 Kg de leite por tonelada de matéria seca. Auxílio técnico de Solange Fávero.

Em 5º lugar, João Lucas da Silveira utilizando o híbrido: 32R22 PIONEER. Apresentou 1617 kg de leite por tonelada de matéria seca. Auxílio técnico de Marcos Fontana.




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