Réus por morte de Bernardo são condenados pela Justiça
JUSTIÇA
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Réus por morte de Bernardo são condenados pela Justiça

Julgamento que iniciou na segunda, encerrou nesta sexta

15/03/2019 21:29
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pós quase cinco anos da morte do menino Bernardo Boldrini, na época com 11 anos, os quatro réus denunciados pelo Ministério Público foram condenados nesta sexta-feira (15). O crime aconteceu em 2014, em Frederico Westphalen, no noroeste do Estado, após a criança receber uma superdosagem de midazolam. O corpo foi enterrado em um matagal. O julgamento começou na segunda-feira (11) no Fórum de Três Passos, na mesma região.

O pai do menino, Leandro Boldrini, foi condenado a 33 anos e oito meses de prisão em regime fechado.

Já a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, foi condenada a 34 anos e sete meses de reclusão, em regime fechado.

Edelvânia Wirganovicz foi sentenciada a 23 anos e 14 dias de prisão, em regime fechado. Evandro Wirganovicz foi condenado a nove anos e seis meses de prisão. Como ele já cumpriu parte da pena, a juíza determinou que o restante da pena será em regime semiaberto.

A leitura da sentença pela juíza Sucilene Engler gerou gritos e aplausos no Fórum. Nenhum dos réus poderá recorrer em liberdade.

Para a juíza, tanto Boldrini como Graciele demonstraram sinais de frieza emocional, ao planejarem a morte do menino, com quem possuíam laço afetivo. A magistrada enfatizou na sentença que, antes de levarem Bernardo para a morte, o pai e a madrasta almoçaram normalmente com o garoto, que aparentava estar feliz.

Sucilene ainda apontou na decisão que a madrasta e o pai cometiam violência psicológica e humilhação contra Bernardo. Isso ficou comprovado a partir de vídeos extraído do celular de Boldrini, no qual o garoto aparece acuado.

A juíza ressaltou que Boldrini deveria proteger o filho, que estava aos seus cuidados. Para a juíza, ao obrigar o filho a pedir desculpas para a madrasta, mesmo após as ameaças de Graciele, o médico mostrou-se conivente. Sobre Boldrini, Sucilene destacou que o médico foi trabalhar normalmente no dia 7 de abril, três dias após a morte do filho, mesmo sabendo que ele havia sido assassinado. Chegou a realizar uma cirurgia.

No caso de Graciele, a juíza ressaltou que a madrasta viajou dois dias antes para Frederico Westphalen, onde comprou as ferramentas para ocultar o corpo de Bernardo, o remédio midazolam, usado para dopar e matar o menino e a soda cáustica, jogada sobre o cadáver. Para a juíza, isso indica que o crime foi premeditado.

Fonte: Gaúcha ZH




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