Julgamento que iniciou na segunda, encerrou nesta sexta
pós quase cinco anos da morte do menino Bernardo Boldrini, na época com 11 anos, os quatro réus denunciados pelo Ministério Público foram condenados nesta sexta-feira (15). O crime aconteceu em 2014, em Frederico Westphalen, no noroeste do Estado, após a criança receber uma superdosagem de midazolam. O corpo foi enterrado em um matagal. O julgamento começou na segunda-feira (11) no Fórum de Três Passos, na mesma região.
O pai do menino, Leandro Boldrini, foi condenado a 33 anos e oito meses de prisão em regime fechado.
Já a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, foi condenada a 34 anos e sete meses de reclusão, em regime fechado.
Edelvânia Wirganovicz foi sentenciada a 23 anos e 14 dias de prisão, em regime fechado. Evandro Wirganovicz foi condenado a nove anos e seis meses de prisão. Como ele já cumpriu parte da pena, a juíza determinou que o restante da pena será em regime semiaberto.
A leitura da sentença pela juíza Sucilene Engler gerou gritos e aplausos no Fórum. Nenhum dos réus poderá recorrer em liberdade.
Para a juíza, tanto Boldrini como Graciele demonstraram sinais de frieza emocional, ao planejarem a morte do menino, com quem possuíam laço afetivo. A magistrada enfatizou na sentença que, antes de levarem Bernardo para a morte, o pai e a madrasta almoçaram normalmente com o garoto, que aparentava estar feliz.
Sucilene ainda apontou na decisão que a madrasta e o pai cometiam violência psicológica e humilhação contra Bernardo. Isso ficou comprovado a partir de vídeos extraído do celular de Boldrini, no qual o garoto aparece acuado.
A juíza ressaltou que Boldrini deveria proteger o filho, que estava aos seus cuidados. Para a juíza, ao obrigar o filho a pedir desculpas para a madrasta, mesmo após as ameaças de Graciele, o médico mostrou-se conivente. Sobre Boldrini, Sucilene destacou que o médico foi trabalhar normalmente no dia 7 de abril, três dias após a morte do filho, mesmo sabendo que ele havia sido assassinado. Chegou a realizar uma cirurgia.
No caso de Graciele, a juíza ressaltou que a madrasta viajou dois dias antes para Frederico Westphalen, onde comprou as ferramentas para ocultar o corpo de Bernardo, o remédio midazolam, usado para dopar e matar o menino e a soda cáustica, jogada sobre o cadáver. Para a juíza, isso indica que o crime foi premeditado.
Fonte: Gaúcha ZH
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