Chefe de Polícia do Estado estará em Passo Fundo
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Chefe de Polícia do Estado estará em Passo Fundo

16/02/2019 18:50
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O prédio onde está instalada a Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia Civil, responsável pelo atendimento ao público 24h por dia, foi desocupado na tarde dessa sexta-feira (15), de forma imediata. O trabalho prestado no conhecido “plantão” deve ocorrer de forma temporária, pelos próximos 60 dias ao menos, na 1ª Delegacia de Polícia. O motivo da repentina saída foi explicado pela Chefe de Polícia do Estado, Nadine Farias Anflor, em entrevista à Rádio Uirapuru nesta manhã (16).

Segundo a delegada, foi a análise de um laudo realizado por uma empresa de engenharia, após vistoria na estrutura, que levou à decisão de retirada imediata dos serviços no local. “Nós queríamos transformar aquele prédio na Central da Polícia Civil do município. Antes de iniciar qualquer obra, entretanto, a Secretaria de Segurança Pública, numa força tarefa com o setor de obras, ainda no final do ano anterior, solicitou uma análise sobre a possibilidade de ampliação”, esclarece.

Na última quinta-feira (14), com a chegada do laudo, se que se verificou os problemas de estrutura. “Há uma descrição de comprometimento da estrutura com orientação de que fosse retirado imediatamente os serviços do local. Como estamos passando por um momento de tragédias, justamente por falta de cuidados, a Polícia Civil decidiu por retirar os agentes como forma de cautela, imediatamente”, diz.

Embora o documento sobre a engenharia informe que há um crítico comprometimento na construção, a Chefe de Polícia acredita que não exista risco de desmoronar. “Não está interditado e acredito que não chegue ao ponto de ruir, mas, por questão de segurança, tomamos essa decisão, que foi prontamente atendida pelos delegados, especialmente pelo responsável da DPPA, o Mutti Dumke”, tranquiliza.

Desde que assumiu a Chefia de Polícia, Nadine e sua equipe colocaram em pauta o chamado “Elefante Branco” de Passo Fundo. Em janeiro, também em entrevista à Uirapuru, afirmou que teria como uma prioridade o prédio onde, até ontem, estava instalado o plantão. “E, por isso, já estou com viagem marcada pra verificar in loco”, afirma.

Visita a Passo Fundo

Nadine deve estar em Passo Fundo no dia 08 de março, segundo contou à reportagem, para avaliar o que vai ocorrer com a estrutura. “Seria precipitado antecipar o que vai acontecer com o prédio antes de novas análises. É um prédio próprio, que a população já ajudou com reformas e, por isso, vamos ter um carinho todo especial com o espaço, para verificar qual é a real situação. Se for possível voltaremos para lá, mas se não for, aí verificaremos novo local para o plantão e para Central de Polícia”, afirma.

Questionada sobre a possibilidade de pôr abaixo toda a estrutura, que conta com três andares, a delegada negou a hipótese para este momento. “Tem que se avaliar e já estamos avaliando, junto com a Secretaria de Obras e Secretaria de Segurança Pública. O Estado, como um todo, vai olhar para essa questão com prioridade. Se for necessário demolir, sim, mas não temos essa indicação neste momento, até porque é um prédio próprio, terreno também e demoraria muito tempo para construir outra delegacia, mas não quer dizer que não possa acontecer”, completa.

Novo endereço

Ao mesmo tempo que se busca soluções para a estrutura instalada na rua César Santos, Petrópolis, há um trabalho paralelo para encontrar um prédio com condições suficientes para o atendimento ao público, 24h por dia. Nesse tempo, que pode se estender pelos próximos três meses, o atendimento ocorre na rua Antônio Araújo, Centro, nas instalações da 1ª Delegacia de Polícia.

A delegacia que abrigará a equipe do pronto atendimento temporariamente, embora sem condições para receber os 2 mil usuários que procuram registrar ocorrências mensalmente, sem falar nos flagrantes – uma média de 30/mês – e os foragidos – cerca de 80 mensais – já foi utilizada para o plantão no período que a DPPA passou por reforma, em 2018. “Queremos tranquilizar a população. Passo Fundo é muito importante para o Estado e a Polícia Civil não admite serviço que não seja qualificado ao cidadão”, conclui.

Fonte:

Uirapuru




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