A Brigada Militar de Tapejara registrou no final de semana diversas ocorrências relacionadas a violência doméstica.
Só no domingo dia 11 quatro mulheres deram entrada no Hospital Santo Antônio com lesões.
A Brigada Militar orienta as mulheres, vítimas de agressões, que denunciem seus companheiros, registrem a ocorrência na Delegacia de Polícia e depois deem prosseguimento ao processo.
Segundo o Sargento Altemir “Muitas vezes a Brigada Militar é chamada, conduz a vítima ao hospital onde o médico atesta as lesões e depois a mulher não denuncia o agressor na delegacia. Isso ocorre muitas vezes por medo de represália ou pela promessa do agressor de que tal fato não irá mais ocorrer”.
Os policiais lembram que somente depois do registro da ocorrência é que a justiça poderá determinar as medidas protetivas. Em caso de lesões graves o agressor pode ser preso em flagrante.
No site da Polícia Civil há uma área para denúncias online. Apesar dessa alternativa, a orientação é procurar uma delegacia para fazer o boletim de ocorrência, e não apenas fazer o registro via internet.
Um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que, ao final do ano passado, uma em cada cem mulheres brasileiras abriu uma ação judicial por violência doméstica. No levantamento, divulgado ontem (12) e elaborado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias da instituição, constatou-se que 1.273.398 processos dessa natureza tramitavam na justiça dos estados. Desse total, 388.263 eram casos novos. Em relação a 2016, o número apresentado foi 16% maior.
Outra pesquisa, divulgada na semana passada, indica que somente uma em cada três mulheres afirmou ter recorrido a algum equipamento do Estado para enfrentar a violência à que foi submetida.
Jornalismo RT/ Agência Brasil