A participação de mulheres como candidatas nas eleições municipais, em relação aos homens, ficou em 31,95% neste ano no Rio Grande do Sul. Ao todo, 8.964 mulheres disputam cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador no estado. Mas quase 70% do total de candidaturas é formada por homens: são mais de 19,4 mil na disputa.
Neste ano, a briga por cargos, por ambos os sexos, se manteve praticamente igual às eleições de 2012. Na época, 31,48% eram mulheres e 68,5% homens. Os dados foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) .
A comparação entre as duas eleições revela ainda uma queda no número de candidaturas. São 702 pessoas a menos na disputa. Do total, 202 são mulheres (redução de 2,2%) e 500 são homens (-2,5%). A maior diminuição ocorre para vereador, com 698 pessoas a menos, uma queda de 2,6%.
Ao se analisar cargo a cargo, só houve aumento nas candidaturas em duas situações: para a disputa a prefeito por homens, com cinco a mais, e para vice-prefeito por mulheres, com quatro a mais.
HISTÓRIA
No Brasil, mulheres só passaram a votar a partir de 1932, no governo de Getúlio Vargas. Entretanto, como analfabetos não poderiam votar – e a maioria delas estava nesta condição –, elas não participavam. A situação perdurou até 1988, com a nova constituição, explica a docente.
A preocupação com a baixa participação da mulher na política passou a ser discutida, em âmbito mundial, em 1975, na primeira Conferência Mundial de Mulheres nas Nações Unidas.
Na terceira conferência, em 1995, ficou definido a reserva de 30% das vagas para mulheres nas eleições para todos os países membros das Nações Unidas. Dois anos depois, foi aprovado um índice de 20% que subiu para 25% e, em seguida, para 30%. Com a minirreforma política de 2009, a palavra "reserva de vagas" para mulheres foi substituída por "preenchimento mínimo" de 30% das vagas