O delegado Marino Franceschi elaborou o auto de prisão em flagrante do empresário Jairo Kolling, 41 anos, e pediu a prisão preventiva dele ao Poder Judiciário. Com isso, o policial terá dez dias para concluir a investigação sobre a morte do padre Eduardo Pegoraro, 33 anos, na manhã desta sexta-feira (22) dentro da casa paroquial de Tapera, no Norte gaúcho. A investigação é sobre homicídio qualificado e tentativa de assassinato seguido de tentativa de suicídio.
De acordo com o delegado, Jairo confirmou ser o autor dos disparos. Também fez gestos e ainda falou com PMs logo depois do crime que o motivo seria uma desconfiança sobre um possível relacionamento entre a mulher dele, Patrícia Kolling, que também foi baleada, com o religioso. Depois de dar dois tiros no padre, sendo que um atingiu o coração da vítima, e de atirar em um dos pulmões da esposa, ele tentou se matar com um tiro na boca. Um quinto disparo atingiu uma janela do local e um veículo estacionado na rua.
"Não temos testemunha ocular, apenas algumas pessoas que viram os três entrando numa sala, após Jairo pedir para conversar com o padre e trancar o local, depois ouviram os disparos", afirma Franceschi.
Jairo está hospitalizado em Carazinho e a esposa em Passo Fundo por ter ferimentos mais graves. A informação inicial é de que ambos não correm risco de vida. Em uma conversa informal com os policiais, Patrícia negou envolvimento amoroso com o padre e destacou que apenas dava aula de violão para ele, além de serem amigos. Mas confirmou que o marido é ciumento.
O crime chocou a cidade e a região. Segundo Franceschi, o padre era muito atencioso e amigo de todos na comunidade. Os próximos passos da polícia são ouvir mais testemunhas, requisitar mais perícias e concluir o inquérito em dez dias, isso depois de pedir a preventiva de Jairo Kolling.
fonte:
Rádio Gaúcha