Dívida suspende distribuição de remédios em Sertão
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Dívida suspende distribuição de remédios em Sertão

Pacientes estão abandonando tratamentos.

01/05/2015 07:40
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Moradores de Sertão, município de pouco mais de 6 mil habitantes localizado na Região Norte do Rio Grande do Sul, estão sem acesso aos remédios da rede pública de saúde. Devido a uma dívida da prefeitura com os fornecedores, muitos medicamentos estão em falta há tempo. Por isso, alguns pacientes estão parando de tomar os remédios porque não têm condições de pagar.

O aposentado Romildo Duarte da Rosa teve que abandonar o tratamento de saúde porque os medicamentos que ele precisa não estão mais disponíveis. “Eu não estou conseguindo e outros pacientes não estão conseguindo também”, lamenta.

Segundo os moradores, há mais de 9 meses faltam medicamentos básicos no principal posto de saúde de Sertão. Como alguns são de uso contínuo, muita gente está tendo que pagar pelos remédios.

É o caso dona de casa Olides Neitzke, que costumava retirar os medicamentos no posto de saúde. A filha dela também está em tratamento e precisa dos remédios. Sem contar com o município, ela agora gasta R$ 100 reais todos os meses.

“Está difícil. A gente não consegue. Desde o mês de novembro não consigo o remédio da guria, que é controlado, e nem os meus da pressão não consigo mais na farmácia popular”, diz. “É de direito da população ter os remédios”, reivindica.

A Secretaria Municipal de Saúde de Sertão reconhece o problema. Dos 286 medicamentos que deveriam ser oferecidos, 57 estão em falta. Um dos motivos é que o município disponibilizou um plantão médico durante o turno da noite, nos finais de semana e feriados.

“Realmente, com a queda na arrecadação que aconteceu a partir do final de 2013, 2014 e vem se arrastando até agora, não só no município de Sertão, em todo o estado, em todo o país, nós não conseguimos recursos para atender a totalidade da demanda”, explica o prefeito Marcelo D'Agostini.

Ainda segundo a prefeitura, 16% do orçamento municipal são para a saúde. Isso representa cerca de R$ 240 mil. O problema é que o município possui uma dívida com os fornecedores de medicamentos. O valor já chega a R$ 80 mil. “A partir do dia 10 de maio, nós iremos quitar toda a nossa dívida com os fornecedores e todos os medicamentos da lista básica estarão disponíveis”, garante.

Fonte:

G1/RS




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