Nesta semana, que antecede o domingo de Finados, dia 2 de novembro, discute-se o luto e a forma de enfrentar a dor da morte.
Os psiquiatras Carlos e Érico Hecktheuer revelaram que perda de uma pessoa querida é uma das experiências mais dolorosas e intensas que o ser humano pode sofrer. O luto pode ser analisado através de diversas óticas, dentre elas: psicológicas, espirituais, culturais, incluindo os rituais que podem ser entendidos como uma etapa de enfrentamento processo de luto.
O encerramento do luto, registra Dr. Érico, depende de vários fatores, em primeiro lugar o sentimento e ligação que se tinha com a pessoa que se foi e ainda, a forma como ela morreu, mortes violentas e suicídios são mais difíceis de enfrentar.
Algumas pessoas questionam o velório e enterro, como acontece hoje, o médico explica que o ritual do enterro dá ao enlutado um sentido de segurança e conforto a existência de um corpo para enterrar e de um lugar para visitar. Há também um acolhimento por trás do ritual e os serviços funerais que podem constituir um dos fatores de proteção na resolução do luto, tornando mais real a perda.
É preciso entender que, neste processo de luto, há dois tempos correndo juntos: o tempo do relógio e o tempo interno de cada um. Ainda segundo explicou Dr. Érico, o período considerado normal, para o luto, é o de um ano.
Também há questionamentos se as pessoas com uma forte espiritualidade tendem a se recuperar mais rapidamente e de forma mais integral da morte de um amigo íntimo ou parente do que aquelas sem crenças? Ao que o Dr. Carlos informa que a fé e a crença religiosa podem sim dar mais conforto e em alguns casos amenizar a dor da perda.
Fonte:
Uirapuru