As 167 demissões na fábrica de colheitadeiras e plantadeiras da John Deere em Horizontina, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, não serão revertidas, diz o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do município.

Vinte dias após o anúncio dos cortes, o sindicato dos metalúrgicos e a empresa se encaminham para um acordo, que deve ser selado em reunião de mediação entre as duas partes está marcada para quarta-feira (22) Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre.

“Sendo a empresa taxativa de que não poderia retornar esses trabalhadores demitidos para a empresa, se falou em valores financeiros, e também em benefícios, como o plano de saúde que a empresa tem”, disse o presidente do sindicato, Irineu Schoninger.

Processo de negociação está dentro do prazo estabelecido pelo TRT. No dia 10, em decisão liminar, a desembargadora Ana Luiza Kruse suspendeu os desligamentos e concedeu um prazo para que a John Deere e o sindicato discutissem de reverter as dispensas ou amenizar o impacto dela na comunidade.

A John Deere é a maior empresa de Horizontina, com 1,8 mil funcionários. A fábrica de máquinas agrícolas é responsável por 70% do ICMS do município. A maior empregadora da cidade é também um termômetro para as outras empresas da região, segundo as autoridades.

“O comércio sempre tem uma preocupação quando acontecem demissões na nossa grande empresa. Temos muitas empresas sistemistas que também produzem e fabricam produtos para a John Deere. E isso causa uma certa repercussão, mas nós acreditamos que em questão de meses isso se ajuste", diz o prefeito Nildo Hickmann

De acordo com o sindicato, as homologações das rescisões contratuais dos trabalhadores dispensados se iniciam na próxima semana. Procurada pela reportagem, a empresa reforçou que está empenhada em fazer um possível acordo entre as duas partes.

Fonte:

G1/RS