A Rádio Tapejara recebeu email na noite desta terça-feira, onde um morador relata a situação em que se encontram algumas comunidades do interior de Charrua, localizadas próximas à Reserva Indígena Ligeiro.

Leia o email na íntegra:

"Olá amigos , sei que essa noticia já vem sendo divulgada há alguns dias por esse importante meio de Comunicação da nossa região, mas mais uma vez gostaria de pedir a colaboração desse meio de comunicação para dizer que a situação em Charrua, especialmente na comunidade de Nossa Senhora de Lourdes está um verdadeiro cenário de Guerra.

Após a operação da Policia Federal e Brigada Militar, onde segundo informações mais de 300 policiais de diversas partes do estado foram descolados para Charrua, gerando um alto custo para nós cidadãos a situação só vem se agravando.

Esses policiais se quer permaneceram na reserva para tentar apaziguar o conflito, ficaram cerca de 3 horas e pensaram que tudo estaria resolvido e se quer retiraram as armas dos indígenas.

Desde então a situação só piora, a população da comunidade está acuada em suas casas, pois é comum tiroteio entre os grupos de índios que estão em conflito, eles estão espalhados pelas propriedades nas redondezas do viveiro municipal o que aumenta a insegurança de nossa população.

São agricultores, trabalhadores e aposentados que estão acuados com medo até de sair de suas casas e ser alvo de balas perdidas. Até quando as autoridades competentes (Funai, Policia Federal, Brigada Militar, Ministério Público, Poder Público Federal, Estadual e Municipal) vão fazer vista grossa para essa situação, será que é preciso algum inocente perder a vida para alguém tomar alguma medida?

A situação torna-se ainda mais preocupando em virtude da quantidade de armas e munição que esses índios têm em suas mãos sem contar que a grande maioria deles está sob o efeito de álcool, o que aumenta ainda mais o perigo.

Inclusive no dia de hoje os indígenas invadiram as dependências da comunidade de Nossa Senhora de Lourdes fazendo uso das imediações da comunidade para se abrigarem, estão utilizando tábulas, cavaletes e outros materiais utilizados pela comunidade para fazer fogo para se aquecer do frio, quebraram portas de banheiros, sem contar a sujeira que toma conta de nossa comunidade (fezes, lixo, etc).

Desculpem o desabafo, mas conto com esse importante meio de comunicação para chamar a atenção das autoridades competentes para resolverem o problema. "