Venda de operações da LBR fica para a próxima semana
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Venda de operações da LBR fica para a próxima semana

Grupo lácteo está ofertando ao mercado 14 unidades.

29/07/2014 08:30
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A venda de 14 unidades produtivas isoladas (UPIs) do grupo LBR Lácteos Brasil, prevista no plano de recuperação judicial da empresa iniciado no ano passado, vai demorar um pouco mais. A assembleia de credores e representantes da companhia marcada para ontem com o objetivo de discutir as melhores propostas de compra já apresentadas foi cancelada por falta de quórum. Um novo encontro foi agendado para a próxima segunda-feira.

O evento de ontem acabou transformando-se em uma reunião em caráter mais informal. Para que a assembleia seja instalada é necessário que haja o equivalente a mais da metade dos créditos nas classes trabalhista, quirografária (credor sem garantia) e com garantia. Contudo, não havia 50% da classe trabalhista. Sendo assim, o representante judicial determinou que a assembleia ocorrerá na semana que vem, independentemente do quórum. O representante judicial deu esses próximos dias para que as empresas que fizeram ofertas pelas unidades produtivas da LBR possam estudar e reavaliar seus números.

O desdobramento do futuro encontro divide opiniões de fontes que acompanham a transação. Uma fonte envolvida acredita que a definição irá ocorrer no próprio dia, outra aposta que novas reuniões serão realizadas para fechar o acordo. No total, 16 grupos manifestaram interesse pelos ativos: Agricoop, Arc Medical Logística, Colorado Imóveis e Participações, Cooperativa Agropecuária do Vale do Rio Doce, Goiasminas Indústria de Laticínios, Itambé Alimentos, Lactalis do Brasil, Lactojara Indústria e Comércio de Laticínios, Laticínio Deale, Laticínios Bela Vista, Laticínios Marcelinense, Laticínios Montes Belos Eirele, Tangará Importadora e Exportadora, Unaquita Empreendimentos e Participações, Value Bridge Consultoria e Participações e Vigor Alimentos. Estão à venda 14 empreendimentos, compostos de complexos fabris e algumas marcas com que a LBR trabalha, entre as quais a gaúcha Bom Gosto.

A compra dos ativos não precisa necessariamente ser feita através de “um pacote”, podendo ser consolidada de forma fatiada. Até o momento, o maior valor apresentado foi o do grupo venezuelano Unaquita: R$ 535 milhões, mais R$ 110 milhões em capital de giro, para assegurar a viabilidade da nova operação. A empresa demonstrou interesse nas unidades Bom Gosto (marca), Ibituruna, Requeijão, RJ, Líder, São Gabriel e Fazenda Vila Nova. Essa última planta fica localizada no Rio Grande do Sul, no município de mesmo nome. A fábrica atua com leite UHT e em pó, tendo uma capacidade instalada para operar com cerca de 885 mil litros ao dia.

Além dessa estrutura, está prevista dentro do plano de recuperação judicial a alienação de mais três plantas gaúchas: duas em Gaurama e uma em Tapejara. A unidade de Tapejara produz leite UHT, em pó, além de creme de leite e leite condensado.

Entre as marcas de propriedade da LBR estão nomes como Leitbom, Líder, DaMatta e Ibituruna. A megaempresa foi criada a partir da fusão entre o laticínio Bom Gosto, do empresário gaúcho Wilson Zanatta, e da Leitbom, controlada pela Monticiano.

Fonte:

Jornal do Comércio




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